Vida na Itália

7 Dicas para mudar de país

Nada melhor que receber dicas para mudar de país, de quem já viveu esta experiência, não é mesmo?

Um passo super importante para realizar esta grande mudança com sabedoria é encarar a preparação que ela exige.

Com isso dividimos nossa experiência e organizamos algumas dicas para você que quer mudar de país também.

Com dicas do que funcionou na nossa experiência e com dicas do que evitar neste processo.

Mudar de país significa não só mudar geograficamente o seu local de residência.

Significa um novo idioma, nova cultura, nova gastronomia, nova moeda, nova economia e em muitos casos nova profissão, enfim, tudo que você tem hoje com a palavra novo na frente. 

Afinal é uma MU DAN ÇA, é importante estar ciente disso, e mais que estar ciente, compreender os impactos dela na sua vida, atual e futura, ou seja hoje e pós mudança.

Depois de ter vivido essa experiência achei fundamental compartilhar algumas dicas para mudar de país.

Para ajudar quem está pensando ou planejando mudar de país, independente de qual seja o destino, porque assim como você, antes de começar o processo de mudança para a Itália, pesquisei muito.

E toda a história compartilhada, dica ou orientação que encontrei, ajudou nesta fase inicial e contribuiu para chegarmos até aqui.

Vamos então às dicas para ajudar você nessa mudança, com 7 dicas para mudar de país.

ORGANIZE SUA VIAGEM:

1.  Pesquisa

Pesquise, pesquise muitoooooo! 

Busque informações em blogs e vídeos no YouTube. Quando mais dicas e informações sobre mudar de país melhor.

Se conhece alguém que já viveu no país no para o qual você pensa em mudar ou que ainda vive, é muito importante conversar com essa pessoa para entender um pouco mais sobre a realidade, porque às vezes a internet também não mostra 100% da situação real.

A pesquisa é parte fundamental deste processo, é durante ela que você vai começar a entender se este sonho realmente pode se tornar um objetivo e futuramente uma realidade.

Se mudar para aquele país é realmente a escolha certa, nos quesitos de documentação, visto, profissão, custo de vida, salário, escola, saúde e muito mais, sim a lista é grande. 

Porém, são itens indispensáveis, que você precisa pesquisar e entender antes de decidir realmente mudar de país.

Uma dica legal é listar tudo o que precisa conhecer, pelo menos o básico e pesquisar esses assuntos. 

Nossa experiência

No processo de pesquisa, ainda na fase de validação se iríamos nos mudar ou não, quando a mudança para a Itália ainda era apenas uma possibilidade, criamos uma pasta no Google Drive, com um check list de todos os itens básicos que precisamos entender como funcionavam por aqui, e depois pesquisamos e salvamos as informações para analisar.

Outra dica é seguir o Instagram de pessoas que já estão morando no país de destino para pelo menos ter uma noção um pouco mais real do dia a dia.

Mesmo fazendo tudo isso, ainda chegamos na Itália com algumas certezas e com várias dúvidas, que realmente só vivendo no país para entender como funciona.

Também nos deparamos com situações que não havíamos encontrado informações em nenhum lugar.

Mas com a pesquisa feita, estávamos muito cientes da realidade que iríamos encontrar, das dificuldades, e dos pontos positivos, e isso nos ajudou muito a não criar falsas expectativas.

Além disso, conseguimos controlar o lado positivo de tudo e ficarmos realistas com as dificuldades futuras.

No final a pesquisa não vai te responder tudo, nem esclarecer 100%  como tudo vai ser, pois, existem muitasss variáveis, mas sem dúvida irá auxiliar em informações básicas e necessárias para começar a vida em outro país.

Leia também:
Qual o custo de vida na Itália?
Como alugar uma casa na Itália?
Como conseguir trabalho na Itália – 12 dicas práticas

2.  Planejamento financeiro

mudar de país

É fundamental para que a sua mudança de país de certo, que você construa um planejamento financeiro para esse objetivo.

Para construir seu planejamento financeiro é indispensável fazer a pesquisa sobre o custo de vida do país, e se conseguir mais especificamente da cidade para a qual pretende mudar. 

Com esta informação em mãos, comece a fazer o planejamento financeiro.

Vou compartilhar como fiz nosso planejamento. Primeiro dividi em duas etapas, custos pré mudança e pós mudança. 

Custos Pré Mudança

Nos custos pré mudança, considerei os itens necessários antes mesmo de sair do Brasil, como: passagens aéreas, seguro viagem, documentação se será necessário traduzir e apostilar algum documento.

E ainda documentos que precisávamos fazer, ou renovar como: passaporte, carteira de motorista, etc. 

Considere ainda qual o local onde irá se hospedar assim que chegar no destino, se terá uma hospedagem temporária até conseguir alugar sua casa ou se será um hotel, Airbnb, hostel, etc.

Avalie compras necessárias para a mudança, como por exemplo malas, remédios, consultas médicas antes da viagem, etc.

Depois disso, liste todos esses itens, se não tiver certeza dos valores insira uma estimativa.

Depois pesquise para ter uma referência e cadastre nessa planilha para ter o custo da primeira fase do seu planejamento.

Custos Pós Mudança

A segunda fase do planejamento são os custos após chegar no seu novo país, para isso é fundamental a informação média do custo de vida e as despesas básicas iniciais. 

É óbvio que a maioria das pessoas no início irão restringir o máximo possível o orçamento mas existem os custos básicos que vão acontecer em todo todo lugar do mundo.

Então estar preparado é fundamental, pois, os boletos vão continuar chegando, e as contas de aluguel, água, celular, supermercado, gás, energia, internet irão chegar, você querendo ou não.

Além dos custos básicos, considere, custos iniciais como fotos para documentos, custos com visto ou documentação necessária para permanecer legal no país.

Talvez um curso que você precise fazer para começar a trabalhar, enfim, reverse um valor para estas necessidades.

Insira no planejamento custos iniciais com móveis ou itens para a casa nova, mesmo alugando uma casa mobiliada certamente alguns itens você irá precisar comprar.

Depois de lançar tudo isso na sua planilha, o sonho começa a ficar mais real, e as metas financeiras também.

É o momento de inserir na sua planilha doze meses com os custos fixos, e verificar quanto em reais isso representa.

Esta parte é importante para estar ciente que cada mês morando fora custa um determinado valor da economia que você precisa fazer antes de se mudar. 

Essa etapa é fundamental, porque a maioria das pessoas leva um certo tempo para conseguir um trabalho estável no novo país, e enquanto isso não acontece, a reserva criada no Brasil é que irá pagar suas contas. 

No nosso caso, mudamos para a Itália com a reserva para os custos básicos de 1 ano de vida, ou seja, se não tivéssemos entrada de nenhum euro, poderíamos sobreviver por 12 meses. 

É possível mudar com uma reserva menor?

Sinceramente eu não mudaria, só se você está mudando com uma transferência do seu trabalho, ou irá manter uma renda mensal segura no Brasil que suporte o custo de vida, ou caso seu trabalho não irá depender do lugar onde você irá viver.

Agora se você está mudando para procurar um trabalho quando chegar, jamais mudaria com menos de 12 meses de custos reservados.

Quando tomamos a decisão de uma reserva para 12 meses, todas as dicas que encontrávamos eram que uma reserva de 6 meses seria suficiente.

Mas não ficamos seguros, decidimos por uma reserva de 12 meses para estarmos mais tranquilos.

Afinal já iríamos passar por muitas mudanças, e estar com um peso menor no quesito financeiro, seria melhor para superar os primeiros meses. 

Claro que o pensamento sempre foi usar o mínimo necessário, mas não queríamos estar com aquela pânico constante do dinheiro acabando.

Principalmente se você está mudando com família e filhos, imagino que neste caso a situação é ainda mais delicada.

Também é importante pesquisar e entender a melhor forma de trazer seu dinheiro, como transferir, quais os limites e como tudo isso funciona. 

Para finalizar duas dicas finais sobre planejamento financeiro, a primeira é tenha paciência, se você precisar esperar no Brasil mais seis meses do que gostaria inicialmente, para ter uma reserva financeira melhor, espere.

E a segunda é, considere uma margem de erro para mais, ou seja, todo o planejamento é baseado em pesquisas e realidades de outras pessoas, melhor adicionar um percentual extra nos números.

3.  Planejamento emocional

Depois da pesquisa e do planejamento financeiro finalizados, comece a se preparar emocionalmente para a mudança.

Comece a trabalhar a ideia de ficar longe de parte da sua família e amigos.

Entenda que irá levar um tempo para conquistar novas amizades. Avalie se conviver diariamente com esta distância é possível para você.

Saiba que mesmo mudando com a sua família, ou para casais, alguns dias serão difíceis.

Não apenas por estar longe da família e amigos, mas emocionalmente você estará passando por muitas mudanças, desafios e conquistas. 

Saiba que um período de adaptação será necessário. Aceite que precisará se comunicar em um novo idioma, aprender a fazer as compras novamente, que os planos iniciais não serão 100% como havia imaginado. 

Esteja preparado para lidar com frustrações, com um processo inconsciente de se encontrar, e se sentir perdido ao mesmo tempo.

Acredito que de todos os planejamento da lista, este é o mais difícil.

Afinal não é racional, lógico, e cada um irá sentir de uma maneira, o importante aqui é começar a se preparar e saber ou aprender a lidar com suas emoções.

4.  Documentação

mudar de país

É a base para qualquer mudança de país.

Entender qual o visto ou permissão que você e sua família se enquadram, quais os documentos necessários, ou custos envolvidos, o tempo que irá levar para estar com a documentação ok e conseguir iniciar as outras etapas da sua vida.

Pesquise e organize tudo que envolve este item com calma, no meu ponto de vista, em hipótese nenhuma mude sem estar com tudo organizado.

No nosso caso, organizamos todos os documentos no Brasil, afinal eu e meu esposo fizemos o processo de reconhecimento da nossa cidadania italiana.

Só este item foi um projeto a parte, precisamos entender como funcionava o processo, localizar os documentos, traduzir, apostilar, trazer tudo para a Itália, e aguardar a conclusão do processo.

Só depois disso que iniciamos de fato nossa vida aqui. 

Entender como o processo funcionava foi fundamental. Antes de tudo, pesquise, entenda, e organize para não ter nenhum problema no país, e permanecer legalmente.

5.  Idioma

Uma das dicas fundamentais para mudar de país, é que o nível do seu idioma, ira influenciar totalmente nas oportunidades e na adaptação.

Então, se você não conhece o idioma, você tem duas opções:

  1. Estudar ainda no Brasil, com cursos online, ouvindo músicas, assistindo filmes, ou pagando por um curso presencial;
  2. Estudar quando chegar no país;

Nem preciso dizer que a primeira opção é a ideal, provavelmente você não irá chegar fluente, mas pelo menos com uma base para se fazer entender e isso é básico.

Assim como, se você começar a trabalhar em curto período, automaticamente irá apreender e melhor o seu nível do idioma.

Se isso demorar para acontecer, a melhor opção é procurar um curso no país e se dedicar ao aprendizado.

O que precisa ficar claro é que quanto melhor for o nível do idioma, melhores serão as oportunidades.

E que isso é um item básico que você precisa aceitar e trabalhar na sua nova rotina e realidade. 

Eu mudei com quase nada de conhecimento em italiano, e foi difícil e ainda está sendo. Mas estou fazendo curso e estudando em casa.

Já meu marido se preparou mais antes da mudança e também começou a trabalhar antes.

Enfim fica clara a diferença, para ele o idioma não é mais um grande problema, pra mim ainda um desafio a ser superado.

6. Bagagem

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Definitivamente isso é um dilema, quando começamos a organizar tudo que temos e reduzir em algumas malas, a primeira sensação é de pânico total hahaha (rindo de nervosa).

Como resultado, mudamos de país, com 4 malas grandes, duas malas pequenas de bordo e duas mochilas. Mais de 100 kg de bagagem.

Para chegar nisso vendemos muita coisa, muitaaa coisa de verdade e mesmo assim poderíamos ter deixado mais kg para trás. 

Nossas malas se resumiram em: roupas, calçados, remédios para um período, eletrônicos e erva mate que não podia faltar hahahaha.

O lado positivo foi que não precisamos chegar e gastar dinheiro com estes itens.

Em um ano aqui, compramos poucas coisas, a maioria coisas que não tínhamos mesmo.

Então a ideia bastante divulgada de não leve nada e compre tudo lá porque é barato, faz sentido, se você estiver com muito dinheiro.

Agora se você tem o item já pago, gosta, usa e tem limite de bagagem para trazer, não faz sentido vender e comprar aqui nos primeiros meses onde cada euro convertido dói.

Realmente é barato, quando você começa a ganhar e gastar em euros, mas quando chegamos e ainda estamos convertendo real em euro, é difícil.

Não julgamos importante neste momento trazer itens pessoais, acabaram ficando guardados para uma próxima viagem. 

Avalie o que é importante para você, para o recomeço em outro país.

Esta missão vai exigir bastante desapego para a maioria das pessoas.

7. Não deixe pendências

Para finalizar as dicas para mudar de país, a sétima é super burocrática. 

Relacione tudo que precisa ser resolvido antes da mudança, documentos que precisam ser renovados, contas bancárias que precisam ser encerradas, contratos que precisam ser assinados.

Organize tudo que irá vender, para vender antes da mudança.

Sugiro também fazer uma procuração para uma pessoa de confiança, para que possa resolver qualquer questão que possa surgir na sua ausência.

É claro que existem vários outros itens que poderiam ser adicionados neste post.

Passamos por muita coisa para organizar nossa mudança, mas acredito que estes são as 7 dicas para mudar de país, são os tópicos principais.

Enfim, já decidiu sua mudança? Me conta qual o destino?

Existe uma Itália para cada viajante, vamos descobrir qual é a sua? Conheça nosso serviço de roteiros personalizados aqui.

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