Vinhos Toscanos
Quando falamos dos melhores vinhos da Itália, os vinhos toscanos ganham destaque, afinal a região é reconhecida mundialmente pelos maravilhosos vinhos tintos que produz.
A Toscana, sem dúvida é uma região rica, cheia de cultura, belezas naturais, arte e também um destino dos sonhos para os apaixonados por vinhos.
O desenvolvimento da viticultura na Toscana deve-se aos etruscos, que habitaram a região por muitos séculos e são considerados o povo antigo que mais se dedicou ao cultivo de videiras e à produção de vinho.
São diversas vinícolas que começam na região de Florença e seguem até Siena dando origem a estrada do vinho pela Toscana.
Provavelmente você já percebeu em alguns vinhos o selo de DOP (Denominazione di Origine Protetta) ou DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita) saiba que 96% dos vinhos toscanos são de origem DOP, muito acima da média nacional que é de 62%.
Mas afinal, o que a Toscana tem de tão especial na produção de vinhos?
E quais são os principais vinhos toscanos?
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Geografia
Um dos grandes diferenciais e vantagens da Toscana na produção de excelentes vinhos é a sua geografia, que conta com características que favorecem muito a produção de excelentes vinhos.
A região tem mais de 66% do seu território coberto por colinas e 25% por montanhas, o que são aspectos ideais para o cultivo de uvas de qualidade superior.
Além disso o clima da região que é normalmente ameno na costa, com verões muitos quentes e secos, suavizados com os ventos do mar. E com invernos considerados não rigorosos e chuvosos
Outra característica da região é o solo, que são calcários e argilosos, ou seja, o solo ideal para o cultivo da uva sangiovese, uva utilizada na produção dos dois principais vinhos da Toscana: O Chianti Clássico e o Brunello di Montalcino.
O solo contribui na produção de uvas que resultam em vinhos estruturados e com sabores marcantes.
Chianti Clássico
O vinho Chianti Clássico, recebe este nome em homenagem a sua região de produção.
Além disso, segue uma série de regras para receber o título oficial de Chianti Clássico.
O resultado não poderia ser outro, um dos vinhos mais nobres da Itália e do mundo.
A história é antiga e é claro que a importante e influente família Medici marcou também a história do vinho na Toscana.
Em 1716, o Grão-Duque da Toscana, Cosimo III de ‘Medici, delimitou pela primeira vez as áreas de produção dos vinhos Chianti.
Já em 1924, foi estabelecido o Consórcio para a proteção do Chianti Clássico, que definiu o Galo Preto como seu símbolo, sendo facilmente reconhecido nos rótulos até hoje.
Hoje em dia o Chianti Clássico é produzido em 70 mil hectares distribuídos entre Florença e Siena.
Todos os vinhos Chianti Clássico, devem seguir as normas de produção e recebem o selo de D.O.C.G – Denominação de Origem Controlada e Garantida.
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Características do Chianti Clássico
O vinho Chianti Clássico DOCG tem uma cor rubi brilhante e de sabor seco. Uma das regras de produção é que o Chianti Clássico deve ter uma idade mínima de 11 meses, ou seja, só pode ser comercializado para consumo a partir de 1 de outubro do ano seguinte à colheita.
A uva protagonista deste vinho é a Sangiovese, que deve obrigatoriamente compor 80% do vinho, podendo chegar a 100%.
Também podem ser utilizadas as uvas: Canaiolo, Merlot e Cabernet Sauvignon que juntas podem somar no máximo 20%.
Além das regras de controle sobre a produção do vinho, também existem várias regras sobre o cultivo das uvas.
Aliás o Chianti Clássico tem uma variação que é o Chianti Clássico Reserva, que requer um envelhecimento mínimo de 24 meses.
Comparado com o Chianti Classico, o Reserva é um vinho mais nobre, com maior requinte, cheiro prolongado e sabor mais limpo.
Entretanto apenas 20% do Chianti Clássico se torna Reserva e as melhores uvas são destinadas a ele.
Vamos incluir uma degustação de Chianti Clássico em uma vinícola na Toscana no seu roteiro?
Neste post a nossa experiência na vinícola Villa Vignamaggio.
Brunello di Montalcino
Certamente uma das grandes estrelas dos vinhos toscanos é o Brunello di Montalcino, produzido com 100% de uva Sangiovese, apenas na cidade de Montalcino na Toscana.
O vinho que ganhou as mesas do mundo, pela sua estrutura e sabor inconfundível.
De cor vermelha clara e brilhante e com sabor e perfume intensos.
Brunello é o vinho por excelência que melhora com o tempo. Seu valor, também depende de cada safra. Portanto quanto mais tempo envelhecido, mais valioso é.
O Brunello também possui regras de produção do vinho e para o cultivo da uva.
Após a produção o vinho deve descansar por pelo menos 24 meses em barril de carvalho e depois no mínimo quatro meses engarrafado para poder ser comercializado.
Em 1966, Brunello di Montalcino tornou-se um vinho DOC e no ano seguinte estabeleceu seu Consórcio.
Enfim, em 1980 recebeu a primeira DOCG de Denominação de Origem Controlada e Garantida e a partir desse momento todas as suas garrafas são fechadas com uma marca de estado que garante sua origem.
Que tal fazer uma degustação de Brunello di Montalcino em uma vinícola na Toscana? Neste post a nossa experiência vivendo esta super experiência na vinícola Poggio Antico.
Super Toscanos
O termo Super Toscano surgiu nos anos 60 e classifica os vinhos tintos que utilizam combinações diferentes de uvas, normalmente de uvas internacionais, como por exemplo: Cabernet e Merlot.
O que não classificava os vinhos nos critérios para receber a classificação de vinhos Chianti Clássico. Então podemos dizer que os vinhos Super Toscanos surgiram da produção de vinhos com outras combinações de uvas que não se enquadravam nas regras rígidas do Chianti Clássico.
A história conta que o Marquês Incisa della Rocchetta foi o primeiro a não seguir as regras e criar novas combinações. Com a ajuda do famoso enólogo Giacomo Tachis, ele produziu o Sassicaia, o precursor dos vinhos Super Toscanos.
Sassicaia foi o precursor e abriu as portas para outros produtores.
Assim nasceu o primeiro vinho Super Toscano: o Tignanello, do Marquês Antinori, que combinava Cabernet Sauvignon e Sangiovese.
Enfim, em 1992 foi introduzida na Itália a denominação IGT (Indicação Geográfica Típica), menos vinculativa que o DOC ou o DOCG, ao qual muitos produtores dos Super Toscanos aderiram.
Curiosidades
- O vinho Vernaccia di San Gimignano (primeiro vinho toscano a obter o reconhecimento DOC em 1966) é mencionado por Dante na Divina Comédia.
- Ricasoli, Antinori e Frescobaldi, são alguns dos nomes que hoje representam o melhor da enologia italiana.
- Desde 2007, cada garrafa de Chianti Classico possui um número de identificação isso permite ao consumidor rastrear sua origem.
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